Terminado que está o ciclo eleitoral, esse enorme felácio escalavrado à dentada a que todos fomos sujeitos, apraz-me demonstrar o meu veemente repúdio para com as populações de Felgueiras e Marco de Canavezes pela derrota infligida à Fátima e ao Avelino, esses dois baluartes da contabilidade paralela. Abriu a caça ao corrupto e ninguém me alertou?!
Depois quero congratular esse mago da exportação de divisas e praticante de Kuduro nas horas vagas que é Isaltino. Uma grande vitória para ele, para Oeiras e para todos os que aspiram à prática do peculato em proporções bíblicas e sair do assunto lavadinhos e a cheirar a talco.
Agora apetecia-me mesmo debruçar-me sobre o bum-bum da Rita Pereira enquanto ela divaga sobre PPRs mascarada de Hello Kitty, mas em vez disso vou falar sobre um facto autárquico que nenhum analista político ou económico vislumbrou comentar. Factum est: com a nova lei de limitação de mandatos, esta eleição será, para muitos autarcas, a última oportunidade para enriquecerem à custa do erário público.
Assim sendo, prevejo um upscale na quantidade e um downgrade na qualidade da construção de rotundas, todas elas posteriormente reportadas em fecho de contas como a última maravilha do luxo asiático. O meu bem-haja a todos os autarcas que se encontram no último mandato, porém temos de dar lugar aos novos. Há muito licenciado em economia desempregado que daria um belíssimo ladr… Presidente de Câmara.
Num assunto relacionado, correu ontem a notícia que a outrora produtora de eventos de foguetada, exportadora de trabalhadores obstinados, e máquina de fazer dinheiro, a Al-Qaeda, está na mais débil condição financeira dos últimos anos.
Parece que está em marcha uma operação de downsizing e a organização poderá até contabilizar mais movimentações laborais que na função pública portuguesa, não contando com aqueles que saem aos pedaços. Não vá o Teixeira dos Santos alinhar nas maluqueiras do Louçã relativas ao sigilo bancário, já me apressei a contratar mão-de-obra especializada que a Al-Qaeda enxotará para o Quadro de Mobilidade Especial. Por ora não sei o que fazer com eles, mas nunca se sabe se um dia necessitaremos de afastar um ministro das finanças à bomba.
É a Economia, Osama.